O GPS Através dos Tempos
Enviado: 22 Jun 2011, 18:53
A pouco estava lendo uma postagem onde um companheiro mostrou visivelmente o seu descontentamento, e com uma boa dose de razão, para com o seu GPS, principalmente no tocante à bateria comparando-a dejetos! É bem sabido porém que aquele fiozinho que sai do bocal do 12 V outlet e vai até o GPS, por vezes incomoda um bocado, então questionamos porque que com tanta tecnologia disponível não se faz uma bateria que possa alimentar um GPS durante horas, mas a coisa não é tão simples assim, o grande vilão da história, ou seja, o maior consumidor de energia é o display, então é perfeitamente compreensível que um display com maiores dimensões consuma mais energia.
Se fizermos uma reflexão apenas, e imaginarmos como seria um GPS à trinta anos atrás, mais precisamente em 1980, nesta época todo o equipamento digital usava a tecnologia TTL (Transistor Transistor Logic), que na verdade eram chips que pareciam uma taturana preta com 14 ou 16 patinhas e havia uns outros um pouco maiores, e consumiam em média 10 mA cada um, em 1980 não existia display de LCD ou coisa equivalente, então seria necessário a utilização de um tubo de raios catódicos mais conhecido como cinescópio, teríamos então a vantagem de termos um GPS com tela de 12, 17 ou 20 polegadas o que seria uma maravilha se não fosse a baixíssima resolução, porque naquela época os conversores digitais analógicos eram precários, indo para os finalmentes o nosso GPS seria acomodado em um gabinete de mais ou menos um metro cúbico, e alimentação seria provida por um banco de baterias de 150 ou 200 A, para transportar o nosso GPS precisaríamos de uma Pic-up onde seria acomodado em sua carroceria, o GPS e o banco de baterias, e pagaríamos por ele talvez uns R$ 80.000,00 ou mais.
Voltando 30 anos a mais no tempo, ou seja, em 1950, e se formos utilizar a tecnologia da época o nosso GPS seria construído com válvulas termo-íonicas, que eram um bulbos de vidros cheio de pecinhas de alumínio por dentro, e o display?, não existia nada na época, então ele seria construído em uma matrix de lâmpadas GE 47* com a resolução de 240x360 usando a pequena quantidade de 86.400 lâmpadas e teria um tamanho de aprox 2,6 x 3,8 m.
O nosso GPS com certeza teria dimensões enormes, para transporta-lo precisaríamos de um Treminhão, para quem mora nos grandes centros talvez não saiba o que é um Treminhão, na verdade é um caminhão com três carrocerias, então o nosso GPS seria acomodado assim:
Na primeira carroceria iria a unidade geradora de energia com capacidade para fornecer alguns milhares de KWA, mais ou menos como estas usadas nos sets de filmagem em Hollywood, na segunda e na terceira colocaríamos a unidade de processamento a memória e a interface conectada ao display que iria pendurado atrás da última carroceria, e tudo isto a uma incrível bagatela de alguns milhares de dollars.
Então temos que considerar, que apenas com alguns Reais, colocamos nos painéis de nossos carros um aparelhinho provido da mais alta tecnologia, que outrora jamais havia sido imaginada nem nos filmes de James Bond o 007, e não será exagero dizer que em um futuro brve, os novos GPS's estarão mostrando no display a imagem local em tempo real, e serão alimentados com uma pequena pilha nuclear, capaz de fornecer energia por muitos e muitos anos sem a necessidade de substituição, e sem o incoveniente de ter um fiozinho pindurado.
(*) Lâmpada GE 47, era usada antigamente para iluminar o dial dos rádios e tinha um diâmetro de 3/8’x 1” de comprimento, muitos engenheiros eletrônicos da atualidade, nunca ouviram falar destas lâmpadas.
Coiotte
Se fizermos uma reflexão apenas, e imaginarmos como seria um GPS à trinta anos atrás, mais precisamente em 1980, nesta época todo o equipamento digital usava a tecnologia TTL (Transistor Transistor Logic), que na verdade eram chips que pareciam uma taturana preta com 14 ou 16 patinhas e havia uns outros um pouco maiores, e consumiam em média 10 mA cada um, em 1980 não existia display de LCD ou coisa equivalente, então seria necessário a utilização de um tubo de raios catódicos mais conhecido como cinescópio, teríamos então a vantagem de termos um GPS com tela de 12, 17 ou 20 polegadas o que seria uma maravilha se não fosse a baixíssima resolução, porque naquela época os conversores digitais analógicos eram precários, indo para os finalmentes o nosso GPS seria acomodado em um gabinete de mais ou menos um metro cúbico, e alimentação seria provida por um banco de baterias de 150 ou 200 A, para transportar o nosso GPS precisaríamos de uma Pic-up onde seria acomodado em sua carroceria, o GPS e o banco de baterias, e pagaríamos por ele talvez uns R$ 80.000,00 ou mais.
Voltando 30 anos a mais no tempo, ou seja, em 1950, e se formos utilizar a tecnologia da época o nosso GPS seria construído com válvulas termo-íonicas, que eram um bulbos de vidros cheio de pecinhas de alumínio por dentro, e o display?, não existia nada na época, então ele seria construído em uma matrix de lâmpadas GE 47* com a resolução de 240x360 usando a pequena quantidade de 86.400 lâmpadas e teria um tamanho de aprox 2,6 x 3,8 m.
O nosso GPS com certeza teria dimensões enormes, para transporta-lo precisaríamos de um Treminhão, para quem mora nos grandes centros talvez não saiba o que é um Treminhão, na verdade é um caminhão com três carrocerias, então o nosso GPS seria acomodado assim:
Na primeira carroceria iria a unidade geradora de energia com capacidade para fornecer alguns milhares de KWA, mais ou menos como estas usadas nos sets de filmagem em Hollywood, na segunda e na terceira colocaríamos a unidade de processamento a memória e a interface conectada ao display que iria pendurado atrás da última carroceria, e tudo isto a uma incrível bagatela de alguns milhares de dollars.
Então temos que considerar, que apenas com alguns Reais, colocamos nos painéis de nossos carros um aparelhinho provido da mais alta tecnologia, que outrora jamais havia sido imaginada nem nos filmes de James Bond o 007, e não será exagero dizer que em um futuro brve, os novos GPS's estarão mostrando no display a imagem local em tempo real, e serão alimentados com uma pequena pilha nuclear, capaz de fornecer energia por muitos e muitos anos sem a necessidade de substituição, e sem o incoveniente de ter um fiozinho pindurado.
(*) Lâmpada GE 47, era usada antigamente para iluminar o dial dos rádios e tinha um diâmetro de 3/8’x 1” de comprimento, muitos engenheiros eletrônicos da atualidade, nunca ouviram falar destas lâmpadas.
Coiotte